quinta-feira, 18 de setembro de 2008

QUEM SERÁ O NOVO TÉCNICO DO VASCO?

Por Vicente Melo

A coisa já não vem bem há algum tempo, desde o começo do ano pra ser mais específico. O Vasco não se encontra. Será que é culpa do treinador?

Tita, quarto técnico vascaíno na temporada – Romário, Alfredo Sampaio e Antônio Lopes já ocuparam o cargo – já pediu o boné e saiu do clube. As opções ventiladas são quatro: Renato Gaúcho, Gaúco (técnico dos juniores), PC Gusmão e Alexandre Gallo. E não deve fugir muito disso.

Considerando o atual momento, talvez PC Gusmão seja o escolhido. Ou o que pôde ser contratado. Renato Gaúcho está muito desgastado desde a final da Libertadores e pegar uma equipe tão mal no campeonato não seria bom negócio.

O mesmo vale para Gallo, que deixou o Figueirense para assumir o Atlético Mineiro mas não fez um bom trabalho. Assumir o Vasco nessas condições seria um risco para sua carreira. Não deve aceitar o convite.

Gaúcho corre por fora, mas não deve assumir o cargo por não ter experiência em equipes profissionais. E o momento pede um técnico mais experiente.

Já PC é a opção mais viável. Não tem uma pedida salarial muito alta e quer refazer sua carreira, tão promissora no início mas que acabou se perdendo com as constantes trocas de clube. Salvar o Vasco seria um grande feito.

Mas a perspectiva vascaína é das piores. A zaga e o meio são fraquíssimos. E não serão os recém-contratados Odvan (não entendi o por quê da contratação) e o atacante chileno Pinilla que resolverão, pois faltam opções de qualidade no restante do elenco .E não há Edmundo ou Leandro Amaral que salve o time.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

BRASILIENSE X CORINTHIANS

Por Vicente Melo

Não foi um jogo com muita qualidade técnica, haja vista que os meias de ambas as equipes não foram notados em campo. Morais não conseguiu fazer o papel de armar o Corinthians que Douglas tem feito tão bem nas últimas rodadas. Diogo Rincón, jogando como atacante, foi peça nula em campo. Estava fora de posição e complemente perdido em campo por causa disso. Lulinha também não apareceu pro jogo. E o Brasiliense se limitava a marcar no meio-campo (muito bem, por sinal!), mas não oferecia nenhum perigo ao gol de Felipe.

O Timão só ensaiou uma pressão a partir dos 38 minutos, com três boas oportunidades. Guto e a ineficiência dos corintianos não deixaram que o placar fosse aberto. E quase teve gol contra do Brasiliense de novo. Mas dessa vez não foi Júnior Baiana, e sim Fábio Braz, num corte pra lá de esquisito q saiu raspando o travessão. E o primeiro tempo terminou em um 0x0 sem muitas emoções.

Emoções que ficaram guardadas para os primeiros cinco minutos da etapa final. Logo com um minuto de bola rolando, Carlos Alberto vacilou na zaga e perdeu a bola para Marcinho, que fuzilou para o fundo da meta de Felipe, que não tinha muito o que fazer. 1x0 Brasiliense na primeira - e única - chance real de gol que teve na partida.

Aos cinco, Morais fez boa jogada pela direita e cruzou para Elias bater de canhota com categoria no ângulo superior direito de Guto e empatar o jogo. 1x1. Mas parou por aí. O Corinthians não teve força ofensiva para virar, mesmo com a pressão no final da partida. Faltou organização no meio-campo paulista. E isso fazia o time recorrer, a todo momento, ao chutão pra frente buscando Herrera, que só corria mas não pegava na bola por falta de qualidade no passe.

Já o Jacaré queria mesmo o empate. Pelo menos, essa é a impressão deixada. Marcou muito bem, mas não teve vontade ou qualidade para conseguir mais que isso. Em resumo, um resultado justo pelo pouco futebol apresentado pelas duas equipes.

O cara: A torcida do Corinthians. Apoiou o time a todo instante e fez uma bonita festa.

A baranga: Iranildo. Sequer foi notado em campo.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

AINDA NÃO ACABOU

Por Vicente Melo


O Brasileirão ainda não acabou. Está longe disso, diferentemente do ano ano. O Grêmio perdeu a chance de abrir até oito pontos de diferença para o Palmeiras. No entanto, os gaúchos vacilaram em casa e perderam em casa para o Goiás (por sinal, primeira derrota do Imortal em casa no torneio).

E o Palmeiras agradeceu. Bateu o Cruzeiro em pleno Mineirão lotado e encurtou a distância para apenas três pontos do líder. Mas ainda há o confronto direto (na 34ª rodada, no Palestra Itália) e o Verdão leva a vantagem pelo número de vitórias. Se as coisas se mantiverem até lá, o Palmeiras tem tudo para tomar a liderança e ser o campeão brasileiro. Mas, logicamente, muita água ainda vai passar por baixo dessa ponte até lá.

O Botafogo perdeu a chance de se tornar sério candidato ao título ao perder para o Inter no Engenhão. Será a síndrome do cavalo paraguaio? Só o tempo dirá Mas pelo menos uma coisa Ney Franco poderia ajeitar no time: parar de insistir no inoperante Gil desde o começo. Ele sempre queima uma das alterações para substituir o atacante.

O São Paulo voltou com a sonhar com o título, ainda que muito distante. Bateu o Flamengo, encostou no G4 e ainda diminuiu as pretensões do Rubro-Negro em relação à Libertadores.

Kléber Pereira garantiu mais três pontos para o Santos, dessa vez sobre o Fluminense. O Tricolor vai passar mais uma rodada na zona da degola. E Cuca tem que começar a rever suas opções táticas. Três zagueiros e três volantes é duro de engolir, ainda mais quando não se escala um lateral-direito. O Flu precisa acordar do pesadelo da Libertadores, que até hoje não parece ter sido estigmatizada do elenco carioca.

O Vasco, depois de tanto namorar com o rebaixamento, resolveu assumir o compromisso e foi para a zona da degola. Perdeu a segunda partida seguida em São Januário por 3x1, com dois jogadores expulsos (sendo um deles o goleiro) e com um atacante tentando operar o milagre de evitar mais gols do adversário (na rodada passada foi Edmundo e nessa, Leandro Amaral). Dessa vez, o algoz foi o Náutico, que começa a fugir do funda da tabela, mas que a meu ver continua como sério candidato ao rebaixamento.

O Sport goleou o Figueirense e derrubou PC Gusmão do comando da equipe catarinense. Como vem fazendo gols o Roger, atacante do Sport. Fez quatro em duas partidas.

O duelo mineiro serviu para aliviar um pouco o Ipatinga e trazer o Galo de volta para a briga contra o descenso. O Furacão bateu a Lusa e fugiu do rebaixamento. A Portuguesa conseguiu a proesa de ficar atrás do Ipatinga.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

DECEPÇÃO É POUCO...

Por Vicente Melo

O título ilustra bem. Decepção é pouco. Está mais para vergonha. A atuação do Brasil ontem contra a Bolívia foi digna de sessão de tortura. Um jogo sem tática, sem qualidade técnica e muita pancada. E com uma enorme ajuda do juiz, que não teve um mínimo pulso para coibir entradas mais duras de ambos os lados, mesmo com a expulsão do boliviano Garcia.

Mas vamos ao jogo, que é o que interessa. O primeiro tempo, por incrível que pareça, foi de mais oportunidades claras para a Bolívia. Isso porque os andinos arriscavam chutes de fora da área. O Brasil tentava entrar pelo meio e facilitava para a fraca defesa boliviana.

No segundo tempo, o Brasil ficou com a bola na maior parte do tempo. Na verdade, quase todo o tempo. Mas nem assim a coisa foi pra frente. Poucas jogadas pelos lados, excesso de dribles desnecessários e muitos passes errados. Uma atuação tenebrosa que nos faz duvidar, mais uma vez, da Seleção.

O bom futebol de domingo ficou esquecido no Chile e nas palavras deixadas por Robinho no vestiário do Estádio Nacional de Santiago (vide último post). E a cabeça de Dunga volta a ficar a prêmio...

Outra decepção foi o público. Ridículo em número e no apoio (que apoio?) dado à equipe Canarinho. Com 10 minutos de jogo já começava a chiar e em nenhum momento deu carinho à Seleção, que tanto precisa do apoio da torcida para embalar. Tudo bem que a equipe não jogou bem, mas aplaudir os bolivianos em jogo de Eliminatórias para a Copa é o ‘fim da picada’. É como eu sempre digo no ExtraCampo na TV, cornetar não adianta.

O cara: voto em branco.
A baranga: Tudo no jogo foi horrível. Mas em questão de atuação o prêmio vai para Josué: inoperante, nulo e inútil.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

UM CALA-BOCA PRA NINGUÉM, BOTAR DEFEITO

Por Vicente Melo

Finalmente uma boa apresentação da Seleção nas Eliminatórias. Um 3x0 que poderia ter sido mais elástico, tamanha a ineficiência da defesa chilena. Mas muito também passa pela questão tática, tão criticada nessa “era Dunga”. O Brasil apertou a saída de bola dos chilenos, o que dificultou muito a armação de jogadas da 'Roja'.

O fator determinante para a vitória foi simples: o Brasil jogou como Brasil, atacando, sendo ofensivo. E tudo isso depois de Maradona criticar a postura extremamente defensiva da equipe olímpica diante da Argentina. O primeiro dos calados.

Lula também teve que diminuir o tom das críticas após praticamente dizer que a Seleção era uma equipe sem garra e que eles deveriam aprender com os argentinos. Pois bem, houve bate-boca público com Júlio César e Dunga e o time atuou do jeito que o Presidente queria. Mais um calado.

A torcida brasileira também pegou no pé do time. Pediu a cabeça do treinador. No fim do jogo, aplaudiu de pé o time e voltou a apoiar e acreditar que dias melhores virão. O terceiro calado. Mas não perca as contas porque ainda tem mais gente nessa lista.

Lista essa que inclui, obviamente, os chilenos. A torcida já comemorava os três pontos e a possível liderança das Eliminatórias depois da quarta-feira. Valdívia dizia que o empate era uma mau resultado contra os brasileiros. A imprensa pintava e bordava os chilenos como melhores que o Brasil e que nós aprenderíamos a dançar o koala (uma ritmo muito famoso naquele país). Pois bem, o Estádio Nacional ficou mudo; Valdívia foi expulso com menos de 30 minutos em campo (ele entrou ainda no primeiro tempo); e a imprensa chilena teve que se render ao bom futebol apresentado pelo 'scratch' Canarinho. Um cala-boca generalizado em nossos vizinhos.

Só pra constar, Robinho ainda deixou escrito no quadro do vestiário do estádio que o chilenos têm que respeitar a melhor Seleção do mundo. Não é o que diz o ranking da FIFA (liderado pela Espanha, com o Brasil apenas em sexto), mas a impressão é de que, se o que aconteceu neste domingo se repetir no futuro, o Brasil possa voltar a ser, de fato, o melhor time do mundo.

O cara: Luis Fabiano. O Fabuloso mostrou, mais uma vez, que pode resolver a falta de um centroavante na Seleção. Fez dois gols e brigou muito na marcação. Não tem a genialidade de Romário, Careca ou Ronaldo, mas faz gols como eles.

A baranga: prêmio dividido entre Kléber e Valdívia. Ambos foram expulsos infantilmente. Abaixo da crítica.