quinta-feira, 26 de março de 2009

Eu não marcaria...

Por Thiago Romariz
Longe de mim querer ser polêmico. Mas diferente da maioria das pessoas, não marcaria o suposto pênalti sofrido por Kieza no jogo entre Americano e Botafogo. Para deixar bem claro, não marcaria, mas não discordo de quem o fizesse. Já me explico.

Durante as inúmeras discussões sobre a situação da arbitragem no futebol brasileiro, cheguei a seguinte conclusão: um dos fatores preponderantes para termos jogos de baixo nível e muitas vezes chatos de se assistirem, é a péssima qualidade de nossos árbitros. No último fim de semana tivemos dois clássicos. Ambos prejudicados pela arbitragem. Não digo o resultado, mas o espetáculo em si. Os times não são de encher os olhos, porém estão longe de protagonizarem um jogo tão modorrento quanto os de domingo passado. Vamos analisar o mais polêmico deles. Flamengo e Vasco.


O senhor Luiz Antônio do Santos, conhecido como índio, distribuiu 16 cartões durante a partida. Entre eles 5 vermelhos, sem contar com a expulsão do técnico Cuca. Podemos dizer que ele tem o respaldo de muitos analistas e até mesmo da regra. Mas como disse o jornalista PVC, apitar seguindo a regra não significa apitar bem. O bom senso deve prevalecer. Índio não conhece essa expressão. Como ele existem muitos no Brasil, senão a maioria. A ânsia em demonstrar autoridade e o pseudo controle do jogo fazem com que os árbitros saiam distribuindo cartões. Além de não conseguirem ter coerência nas marcações, parecem não saber que futebol é um esporte de contato. No nosso país, encostou é falta. A intenção de ter o contato já é tida como falta. O atacante sente a presença do defensor e já cai, não pensa em concluir pois sabe que o juiz pensa como ele, o contato vai acontecer, consequentemente a falta.
Foi mais o menos isso que aconteceu no jogo entre Botafogo e Americano. Quando Kieza entra na área, dribla o goleiro e sente que sua camisa foi puxada levemente por Fahel, se joga. O ato de puxar a camisa caracteriza a infração. Porém eu, como árbitro, não marcaria. Fahel nem sequer atrapalhou Kieza a chutar, se mover, correr ou respirar. Nada, somente encostou em sua camisa. O atacante americano sentiu e se jogou, mesmo com o gol inteiro aberto e a bola a sua frente. Acredito que o árbitro André Luiz Paes Ramos não marcou por não ter percebido o puxão. Estava mal posicionado, o corpo de Fahel encobriu o momento da suposta falta.





Eu não marcaria e você?

A cada jogo que assisto tenho certeza da influência da arbitragem no desempenho de nossos campeonato. Uma reformulação completa é necessária. Somente um ou dois árbitros podem apitar jogos em alto nível, durante boa parte de uma competição. Veja o ótimo desempenho de Leandro Vuaden no Brasileirão do ano passado. Mesmo com uma arbitragem correta foi duramente criticado. Minha esperança com a arbitragem brasileira já se acabou há tempos. É na mairo parte das vezes é deprimente assitir um jogo entre um time grande e um pequeno nos estaduais. A lambança de ontem aconteceu no jogo do Corinthians (e no do Vasco tambén, mas é melhor deixar para lá). Um chute desclassificante de Ronaldo em Deda, zagueiro da Ponte (em uma falta onde não aconteceu absolutamente nada) e o pênalti bizarro marcado a favor do Corinthians. Esse acredito que nem você marcaria.





Chute desclassificante de Ronaldo. Nem um cartão?

Vídeos e Fotos: Globoesporte.com

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